Forme uma equipe da Pastoral da Comunicação alinhada com a evangelização de sua paróquia
Analisar uma atividade pastoral na Igreja sempre nos pede conhecer sua missão e objetivo. Por isso, quando formamos uma equipe da Pastoral da Comunicação, é fundamental considerar que comunicação é mais que um elemento articulador da sociedade, pois atualmente vivemos uma cultura midiática que desafia os propósitos dos meios comunicacionais em face do uso de tecnologia e das mais variadas formas de promover a comunicação na Igreja.
Certamente, quando se fala em comunicação, temos a tendência de caracterizá-la como algo definido. Contudo, consequentemente, sem a necessidade de conhecê-la com uma visão mais crítica utilizando teorias e práticas renovadoras. Entretanto, na Igreja, mesmo com uma multiplicidade de fatores com os quais pretendemos definir seu conceito, há um consenso de que sua elaboração e desenvolvimento articulam técnicas que influenciam muitos valores que fortalecem a missão e a evangelização.
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Reflexão e estudo
João Paulo II, na Redemptoris Missio, ressalta que a comunicação social, é como “primeiro areópago do tempo moderno”. Por isso, para uma equipe de Pastoral da Comunicação, não satisfaz apenas utilizar tais meios para difundir a Boa Nova. É preciso integrar a mensagem com um olhar mais apurado, vislumbrando uma “nova cultura”, criada pela própria comunicação social.
Desse modo, em um contexto pastoral, a comunicação favorece diversos modos de articular seus meios e promover cultura entre os fiéis. É uma forma de buscar na comunicação dados que transformem a prática pastoral, é também usar métodos oriundos de estudos e reflexões de acordo com o propósito eclesial. Ou seja, a equipe da Pastoral da Comunicação tem uma função essencial para o exercício da proclamação da Palavra de Deus, em primeiro lugar, mas também encontrar nos meios existentes que favoreçam a transmissão da mensagem mais elaborada.
Contudo, nosso intuito é oferecer algumas pistas que possam servir de ponte para que o gestor, os agentes de pastoral, o membro atuante na Pastoral da Comunicação, possam difundir suas ideias e conhecimentos para uma comunicação sempre inovadora.
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Pastoral e missão
Embora todos estes conceitos possam ilustrar nosso entendimento sobre o que a comunicação possa incutir em nosso vocabulário e em nossa atuação, temos que nos atentar para a missão dessa Pastoral, que não é mais uma entre as pastorais de sua paróquia, e nem se limita ao uso dos meios de comunicação para que a evangelização seja eficaz. É uma pastoral atuante, porque ela está em sintonia com o ministério que todo agente comprometido exerce.
Nesse sentido, ao pensar a comunicação unida à pastoral, podemos exemplificar algumas orientações que ilustram e contribuem para a aplicação dos recursos em comunicação em prol do crescimento pessoal e comunitário.
10 ações indispensáveis para atuar na PASCOM
- Desenvolva uma integração entre as pastorais, expressando uma relação testemunhal da mensagem cristã;
- Forme uma equipe coesa e se possível, encontre um profissional de comunicação para auxiliar na organização e implementação da pastoral;
- Estimule uma relação de confiança entre o pároco, coordenador e os agentes representantes da pastoral;
- Faça um mapa da região paroquial e construa um projeto de comunicação interativa;
- Elabore um plano de pastoral de comunicação identificando as prioridades;
- Utilize metodologias (exemplo: peça publicitária para a festa do padroeiro, etc) aplicadas ao universo eclesial e que indiquem pensamento, sentimento e ação nas atividades propostas para a pastoral;
- Tenha definido o público-alvo, pois ele é expressão máxima das metas estabelecidas;
- Construa um cronograma de atividades;
- Tenha como missão a prática comunicativa de Jesus;
- Faça da Pastoral da Comunicação o prolongamento da experiência de Deus e do diálogo entre fé e cultura.
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Assim, “entre as admiráveis invenções da técnica, que de modo particular nos tempos atuais, como o auxílio de Deus, o engenho humano extraiu das coisas criadas, a Mãe Igreja com especial solicitude aceita e faz progredir aquelas que de preferência se reterem ao espírito humano, que rasgaram caminhos novos na comunicação facial de toda sorte de informações, pensamentos e determinações da vontade” (Inter Mirifica 1460).
Marcelo dos Santos é Diretor Editorial da Revista Paróquias. Bacharel e Licenciado em Filosofia e História, pela PUC-Campinas/SP. Bacharel em Teologia pelo ITESP/SP. Autor do livro “Sob a Luz do Evangelho”, publicado pela Editora A Partilha.